RESENHA: BANANA FISH

 

INTRODUÇÃO 

Isso aqui é um grande gatilho para mim, pois eu vinculava a pessoas que não estão mais presentes na minha vida. Além disso, o anime em si já é um gatilho puro.

Foi quando assisti Banana Fish que comecei a defender as coisas que gosto e mandar quem tenta me diminuir para a p*** que pariu.


Quando eu era adolescente, procurava incansavelmente uma obra yaoi que tivesse a mesma vibe de No.6 (meu anime favorito), mas tudo que eu achava eram animes fetichistas ou água com açúcar em um clichê gigantesco. Então, num belo dia, vi uma notícia sobre o lançamento desse anime. Quando o primeiro episódio saiu, assisti e fiquei ARREPIADA, EUFÓRICA. Pensei: "Será que esse anime será o sucessor de No.6 no meu coração?"

Fui toda animada falar sobre o anime com uma ex-amiga amarga. Já sentia que ela tinha alguns preconceitos velados, mas não levava a sério. Enquanto contava sobre o anime para ela, ela parecia interessada, mas, quando revelei que os protagonistas eram dois homens e tinham um vínculo romântico, ela mudou totalmente o tom da conversa, e logo acabou me cortando e encerrando a conversa abruptamente com um "Foda-se", isso me magoou bastante. Hoje, não somos mais amigas, graças aos céus, e ela virou uma pessoa conservadora e foi viver a vida dela. Que seja feliz, bem longe de mim. <3

Outro marco desse anime foi que tirei a bissexualidade de um guri metaleiro e rústico do armário por conta do anime. Recomendei para ele assistir, e ele ficou tipo: "Que porra é essa?" e depois voltou todo boiola: "Aiin, você é meu Eiji." Pena que essa fic não foi para frente, e o que tivemos foi uma relação extremamente tóxica. Eu realmente amava muito aquele menino, mas é preciso se valorizar e seguir em frente…

Então, nesta resenha, (o começo foi mais um desabafo), eu quero desvincular a imagem e o apreço (e desapreço) que tenho por esse anime de todas as pessoas que usaram ele para me ferir de alguma forma, desejo que sejam felizes. (vão pra p*** que p).

Por mais que algo possa te lembrar certas pessoas, SEMPRE é possível ressignificar e tentar ver com outros olhos :)


RESENHA: 

Agora sim, vamos à resenha! Não vai caber tudo aqui, tenho muita coisa para falar, então a resenha completa estará no blog:

O anime é uma adaptação de uma série de mangás lançados em 1985. Ou seja, a estética do mangá é completamente diferente da do anime, pois o anime trouxe a história para a atualidade (2018).

Preciso dizer que um dos meus sonhos é ter todos os mangás físicos de Banana Fish, e um dia vou realizar esse sonho!

A história começa no passado, com um soldado chamado Griffin que atira em membros do seu próprio esquadrão e, aparentemente em colapso, diz as suas últimas palavras: "Banana Fish." Esse homem tem uma grande ligação com um dos protagonistas, Ash Lynx.

Voltando ao presente, conhecemos um ginasta e fotógrafo japonês chamado Eiji, que viaja para Nova York. Após ser afastado dos esportes por uma lesão, ele acaba se tornando depressivo.

Em Nova York, ele conhece um bandido loiro e marrento chamado Ash, e ambos têm uma conexão imediata, pois se atraem pela personalidade um do outro. Eiji é uma pessoa ingênua, inocente e pura, enquanto Ash é jovem, mas com muitas cicatrizes e histórias vividas.

Os dois acabam se unindo de forma inesperada depois que Eiji se envolve, sem querer, em um sequestro-relâmpago. Assim surge essa união inusitada e uma amizade profunda que floresce para algo maior.

Uma noite, Ash ouve de um homem que foi atacado por um dos seus subordinados um endereço e a palavra "Banana Fish." Ash tenta descobrir o significado desse misterioso termo. Então, Ash e Eiji entram em uma espiral de problemas, tentando resolver esse mistério e se envolvendo com criminosos perigosos e máfias poderosas de Nova York.

O anime vai ficando cada vez mais pesado, e, apesar de eu achar que tinha uma vibe parecida com No.6 no começo (dois caras enfrentando uma aventura), isso muda após poucos episódios.

Quando a morte de um dos personagens ocorre de forma repentina e de maneira (HORRÍVEL, TENEBROSA, MASOQUISTA, SÁDICA), percebi que esse anime era bem mais pesado do que eu imaginava e não se tratava apenas de um romance.

Como eu disse, Eiji e Ash estão envolvidos com criminosos perigosos. O arco da viagem deles até Los Angeles é leve e fofo, mas, depois que esse arco termina, as coisas ficam muito mais intensas, e eles vão sofrer pra cacete.

O vilão principal é um velho ridículo, cafetão e abusador de jovens, que faz da vida de Ash um inferno. O resto do anime é puro sofrimento, e quando chega no final, a gente fica devastado, pois a autora não dá um minuto de paz para os personagens.

Eu também gostava do vilão Yut Lung, um chinês que aparece no arco de Los Angeles e se revela um grande FDP, mas sinto que ele se perde um pouco durante o anime. Contudo, ele não tem culpa, pois, quando vemos o passado dele, entendemos melhor suas motivações. Além disso, a trilha sonora tema dele era ótima, digna de novela.

Enfim, recomendo esse anime, mas saiba que é pesado e triste. Não assista se não estiver com o psicológico em dia.


Comentários e coisas adicionais: 



Trilha sonora tema do Yut Lung: 



Edit que eu fiz do Yut Lung quando eu era adolescente: 


Abertura do anime: 



Yut Lung tendo seu cabelo puxado durante o anime


Deixarei as redes sociais de um das minhas artistas favoritas que faz fanarts de Banana Fish nos links abaixo: 

Twitter: https://x.com/KoyasuYasuko12
Instagram: (ela não tem instagram) 





⚠️ Agora irei deixar algumas de minhas indignações sobre essa obra, com SPOILERS logo abaixo:

Porra, esse anime é sofrimento puro. O Ash só sofre, o personagem é basicamente uma máquina de sofrer. Desde criança, a história dele é traumática e horrível; ele não tem um minuto de paz. Quando finalmente encontra a única pessoa com quem se sente bem e tranquilo, no caso o Eiji, a autora dá um jeito de separar os dois.

A morte do Shorter é uma cena que ficou gravada na minha mente como uma das coisas mais sádicas e perversas que já vi na vida! É horrível. Aquele velho desgraçado é um filho da p***, e fazer o Ash matar o melhor amigo para salvar o Eiji foi uma coisa ridícula. Nossa, dá vontade de chorar, foi desumano, foi ridículo. QUE ÓDIO, QUE ÓDIO.

O final também é uma depressão. A morte de Ash é desnecessária. Eles passam por tudo aquilo, e quando Ash parece que vai ter um minuto de paz, a autora vai lá e mata ele. PQP! E no mangá ainda mostra o Eiji velho e depressivo, lamentando a morte do amado. PQP, que ódio, viu? Que ÓDIO.



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